Um ricaço fazendeiro
Chamado rei do sertão
Era um homem inteligente
De grande percepção
Sua escola foi a vida
Seu diploma foi o chão
Não herdou sua fortuna
Conquistou com as próprias mãos
Tinha um filho arrogante
Que nunca quis trabalhar
Era muito vaidoso
Tinha o dom de humilhar
Passava as noites na farra
Gostava de se gabar
Dinheiro não é problema
O meu pai pode pagar
Um dia o velho falou
Eu dei de tudo pra você
Mas você foi orgulhoso
Não soube reconhecer
Já estou no fim da vida
Não vou demorar morrer
Mas antes de ir embora
Seu futuro vou prever
Filho toda minha herança
Pra você eu deixar
Mas você sem juízo
Não vai administrar
No mundo não há dinheiro
Que não venha acabar
E você vai gastar tudo
Na pobreza vai ficar
Quando estiver na miséria
Todos vão te abandonar
Vai se ver em desespero
E vai querer se matar
Lembra da casinha velha
Logo depois do pomar
Lá eu pendurei uma corda
Pra você se enforcar
Depois que o velho morreu
E a fortuna se acabou
Já vivendo na sarjeta
Um dia ele se lembrou
Foi até a casa velha pra fazer o que o pai mandou
Pois a corda no pescoço e pra morte se atirou
Depois que ele deu um pulo
Tudo desabou ao chão
Caiu um saco de ouro
De um falso alçapão
Tinha um bilhete dizendo
Filho aprenda à lição
É sua segunda chance
Pra ser o rei do sertão
Você que me ouve agora
Escute o que eu vou te falar
Não sufoque a esperança
Não deixe a fé acabar
Por Mais que esteja difícil
Vale a Pena continuar
Jesus deu a vida dele
Lá na cruz pra te salvar